domingo, 2 de novembro de 2008

FLORIPA, a Ilha da Magia!

Depois de dias de trabalho, resolvemos, junto com um amigo do Júlio, dar uma volta na cidade e comer uma seqüência de camarão. São vários pratos feitos com camarão que são tragos à mesa: o primeiro foi a casquinha de siri, depois o camarão empanado, depois mariscos no bafo, depois camarão no bafo, camarão ao alho e óleo, camarão ensopado, pirão de caldo de camarão, anchova grelhada, arroz, batata frita, outro peixe que não lembro qual, salada. Pedimos duas seqüências para cinco pessoas e não conseguimos comer tudo. Fiquei com medo de passar mal por causa dos mariscos (é meio nojento, pois eles ainda estavam na concha), mas depois fiquei sabendo que é só comer tomando uma caipirinha, que não tem problema. Ainda bem que tinha feito exatamente assim, e a caipirinha era grande pra dar conta do tanto que comi.

Na sexta-feira foi comemorado o dia do servidor publico aqui, mas fomos trabalhar na ACIC, a ONG dos cegos, e depois que terminamos por lá fomos conhecer a praia da Joaquina. Até onde eu sei, a Joaquina é o apelido do órgão sexual de uma menina que estava no ônibus. Ela contava em alto e bom som que tinha colocado um piercing na Joaquina dela. Não encontrei nenhum piercing na praia da Joaquina, só gente bonita mesmo, um vento frio, apesar do sol, e uns corajosos que estavam enfrentando o mar gelado e perigoso. Almoçamos por lá, ficamos um pedaço da tarde nessa praia, fizemos tatuagens de rena, fomos atingidos por cocô de passarinho, compramos camisetas e voltamos pra casa, pois as meninas da turma iriam embora no outro dia (sábado).

            Depois que as menininhas se foram e depois de acordar, fui dar uma volta no centro da cidade com o Júlio, e voltamos pra casa tarde e sem almoço. Ele não animou mais sair de novo, mas como eu tinha curiosidade de conhecer a Praia Mole e a Galheta (nudista) e o Sol estava a pino, apesar do vento gelado, eu fui sozinho. Realmente, apesar dos poucos que estavam por lá, deu pra notar que são duas praias bem alternativas. A Praia Mole é a da moda, aonde vai a galera bonita, jovem, os surfistas, lá tem um boteco GLS, um boteco natureba, uma galera meio bicho-grilo, tem um monumento aos surfistas bem na entrada da praia e um hotel num esquema “natureba sofisticado”. Mas é meio foda de entrar na água, pois o mar fica profundo muito próximo da areia. Não tem aquela parte do mar onde a água é rasa e a profundidade é constante. Pelo menos encontrei o cara que me fez a tatuagem e ele deu uma retocada nela, ficou MARA! Já a Praia da Galheta, onde se pratica nudismo, é bem isolada, o acesso é após umas pedras da Praia Mole, que não são tão difíceis de ultrapassar, mas como estava sozinho, não tive coragem de ir só, não por ter que ficar pelado, pois não é obrigatório, mas sim pelo medo de escorregar das pedras. Mas deu pra dar uma espiada e ver que a praia nudista estava vazia e os poucos que lá estavam não estavam nus. A verdade é que o lugar é tão bonito, e tão bem preservado que dá mesmo uma vontade indescritível de tirar a roupa e sentir a natureza. Só quem esteve ou estará nesse lugar e tiver a mesma sensação saberá como é. Se tiver oportunidade, antes de voltar a Brasília, eu vou lá pelo outro acesso que fica aqui na Barra da Lagoa, que é mais fácil de chegar.

            O legal das praias daqui, com exceção das que ficam no centro da cidade, é que elas não receberam urbanização: a infra-estrutura que possuem é muito pouca e, apesar disso, são limpas e a natureza ainda dita as regras.

            As pessoas aqui gostam de esportes, mas são movidas a Sol: é só ele dar as caras e surgem ciclistas, surfistas, iatistas, canoístas, corredores nas calçadas, e outros esportes que são feitos na água e no vento que não lembro o nome.

            Mas o que eu queria mesmo era estar aqui em companhia do meu amorzão, e curtir esse tempo instável. Oportunidades não faltarão, espero.

            Hoje a chuva deu as caras novamente, depois de dois dias de sol, e, pelo jeito, vamos ficar em casa embaixo das cobertas vendo a Fórmula 1. Resolvemos fazer o almoço por aqui mesmo e esperar o dia passar.

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