domingo, 30 de novembro de 2008

Santa Catarina, depois da volta...

Terminando os posts da viagem de para Santa Catarina...

Os útimos dias foram ais sem graça sem as meninas por lá.
Viajamos novamente para o Sul do Estado e vimos bem que a realidade da educação por lá é totalmente diferente do Norte e Nordeste. Vimos escolas públicas com estrutura de invejar muitas escolas particulares. Viajamos na quarta-feira, num vôo tranquilo. A sensação de chegar em casa é sempre maravilhosa!

É triste, hoje, ver tudo o que está acontecendo por causa dos temporais que acometeram o Estado. Vi pela TV lugares lindos por onde passei transformados pela força da natureza. Inclusive, um dos barrancos que caiu foi em uma rodovia que passávamos todos os dias, mas  parávamos antes do ponto onde aconteceu o deslizamento. Em outro lugar por onde passei, próximo à cidade de Paulo Lopes, também caiu um barranco e foi feio! A realidade é que por lá já chovia sem parar há três meses e as tempestade dos últimos dias só vieram mesmo para agravar a situação.

Não acho que devemos culpar o homem ou a natureza neste momento que vidas não poderão mais ser reconstruídas e sim prestar solidariedade da melhor maneira que pudermos  (mesmo que seja com pensamento positivo) e torcer para que as pessoas consigam superar suas perdas.

Em Palmas nos vemos aqui no blog novamente, espero que eu possa dar notícias boas de lá.


Santa Catarina, depois da volta...

Terminando os posts da viagem de para Santa Catarina...

Os útimos dias foram ais sem graça sem as meninas por lá.
Viajamos novamente para o Sul do Estado e vimos bem que a realidade da educação por lá é totalmente diferente do Norte e Nordeste. Vimos escolas públicas com estrutura de invejar muitas escolas particulares. Viajamos na quarta-feira, num vôo tranquilo. A sensação de chegar em casa é sempre maravilhosa!

É triste, hoje, ver tudo o que está acontecendo por causa dos temporais que acometeram o Estado. Vi pela TV lugares lindos por onde passei transformados pela força da natureza. Inclusive, um dos barrancos que caiu foi em uma rodovia que passávamos todos os dias, mas  parávamos antes do ponto onde aconteceu o deslizamento. Em outro lugar por onde passei, próximo à cidade de Paulo Lopes, também caiu um barranco e foi feio! A realidade é que por lá já chovia sem parar há três meses e as tempestade dos últimos dias só vieram mesmo para agravar a situação.

Não acho que devemos culpar o homem ou a natureza neste momento que vidas não poderão mais ser reconstruídas e sim prestar solidariedade da melhor maneira que pudermos  (mesmo que seja com pensamento positivo) e torcer para que as pessoas consigam superar suas perdas.

Em Palmas nos vemos aqui no blog novamente, espero que eu possa dar notícias boas de lá.

domingo, 2 de novembro de 2008

FLORIPA, a Ilha da Magia!

Depois de dias de trabalho, resolvemos, junto com um amigo do Júlio, dar uma volta na cidade e comer uma seqüência de camarão. São vários pratos feitos com camarão que são tragos à mesa: o primeiro foi a casquinha de siri, depois o camarão empanado, depois mariscos no bafo, depois camarão no bafo, camarão ao alho e óleo, camarão ensopado, pirão de caldo de camarão, anchova grelhada, arroz, batata frita, outro peixe que não lembro qual, salada. Pedimos duas seqüências para cinco pessoas e não conseguimos comer tudo. Fiquei com medo de passar mal por causa dos mariscos (é meio nojento, pois eles ainda estavam na concha), mas depois fiquei sabendo que é só comer tomando uma caipirinha, que não tem problema. Ainda bem que tinha feito exatamente assim, e a caipirinha era grande pra dar conta do tanto que comi.

Na sexta-feira foi comemorado o dia do servidor publico aqui, mas fomos trabalhar na ACIC, a ONG dos cegos, e depois que terminamos por lá fomos conhecer a praia da Joaquina. Até onde eu sei, a Joaquina é o apelido do órgão sexual de uma menina que estava no ônibus. Ela contava em alto e bom som que tinha colocado um piercing na Joaquina dela. Não encontrei nenhum piercing na praia da Joaquina, só gente bonita mesmo, um vento frio, apesar do sol, e uns corajosos que estavam enfrentando o mar gelado e perigoso. Almoçamos por lá, ficamos um pedaço da tarde nessa praia, fizemos tatuagens de rena, fomos atingidos por cocô de passarinho, compramos camisetas e voltamos pra casa, pois as meninas da turma iriam embora no outro dia (sábado).

            Depois que as menininhas se foram e depois de acordar, fui dar uma volta no centro da cidade com o Júlio, e voltamos pra casa tarde e sem almoço. Ele não animou mais sair de novo, mas como eu tinha curiosidade de conhecer a Praia Mole e a Galheta (nudista) e o Sol estava a pino, apesar do vento gelado, eu fui sozinho. Realmente, apesar dos poucos que estavam por lá, deu pra notar que são duas praias bem alternativas. A Praia Mole é a da moda, aonde vai a galera bonita, jovem, os surfistas, lá tem um boteco GLS, um boteco natureba, uma galera meio bicho-grilo, tem um monumento aos surfistas bem na entrada da praia e um hotel num esquema “natureba sofisticado”. Mas é meio foda de entrar na água, pois o mar fica profundo muito próximo da areia. Não tem aquela parte do mar onde a água é rasa e a profundidade é constante. Pelo menos encontrei o cara que me fez a tatuagem e ele deu uma retocada nela, ficou MARA! Já a Praia da Galheta, onde se pratica nudismo, é bem isolada, o acesso é após umas pedras da Praia Mole, que não são tão difíceis de ultrapassar, mas como estava sozinho, não tive coragem de ir só, não por ter que ficar pelado, pois não é obrigatório, mas sim pelo medo de escorregar das pedras. Mas deu pra dar uma espiada e ver que a praia nudista estava vazia e os poucos que lá estavam não estavam nus. A verdade é que o lugar é tão bonito, e tão bem preservado que dá mesmo uma vontade indescritível de tirar a roupa e sentir a natureza. Só quem esteve ou estará nesse lugar e tiver a mesma sensação saberá como é. Se tiver oportunidade, antes de voltar a Brasília, eu vou lá pelo outro acesso que fica aqui na Barra da Lagoa, que é mais fácil de chegar.

            O legal das praias daqui, com exceção das que ficam no centro da cidade, é que elas não receberam urbanização: a infra-estrutura que possuem é muito pouca e, apesar disso, são limpas e a natureza ainda dita as regras.

            As pessoas aqui gostam de esportes, mas são movidas a Sol: é só ele dar as caras e surgem ciclistas, surfistas, iatistas, canoístas, corredores nas calçadas, e outros esportes que são feitos na água e no vento que não lembro o nome.

            Mas o que eu queria mesmo era estar aqui em companhia do meu amorzão, e curtir esse tempo instável. Oportunidades não faltarão, espero.

            Hoje a chuva deu as caras novamente, depois de dois dias de sol, e, pelo jeito, vamos ficar em casa embaixo das cobertas vendo a Fórmula 1. Resolvemos fazer o almoço por aqui mesmo e esperar o dia passar.

Aviso aos navegantes: Floripa é MARA!

O vôo foi tranqüilo. Chegamos ao aeroporto, comprei umas coisas de higiene de que precisada, fui ao banco e seguimos para a pousada.

Alugamos uma casa da Pousada Paulista (recomendo), na Barra da Lagoa, uma casinhola de dois quartos, sala, cozinha, banheiro, espaçosa e bem arejada. A desvantagem é que fica afastada do centro da cidade – a corrida de taxi custou quase 60 reais – e a vantagem é que ficou super barato (75 reais por pessoa, estamos em quatro, para ficarmos 15 dias).

            Ao chegar a casa (ainda sou concurseiro e tenho que usar a concordância correta, hahaha), deixamos as malas e fomos fazer um lanche aqui perto, numa lanchonete que vende sanduíches e afins. Pedi um de hambúrguer com cebola e achei muito caro, por ser um trailer de esquina. Quando sanduba veio, vi que ele era da largura de um prato, passei a achar o sanduíche barato e não comi tudo.

            Começamos, no outro dia, os trabalhos em uma ONG de apoio a pessoas com baixa visão ou com cegueira. Foi uma experiência pessoal muito interessante ao ver e presenciar como essas pessoas se viram. O lugar é muito bonito, ironicamente e positivamente, muito agradável aos olhos. Lá eles possuem regras de transito: sempre andar pela direita, são treinados para fazerem as coisas do dia-a-dia (lavar louça, acender o fogão, limpar casa, etc...), têm oficinas profissionalizantes: tapeçaria, artesanatos, têm alimentação gratuita, os que vêm de fora têm hospedagem baratíssima ou de graça, dependendo das condições financeiras. A estrutura da ONG é toda adaptada para cegos, pois foi pensada e idealizada por cegos: possui uma faixa preta com amarelo no chão para guiar aqueles que possuem baixa visão, cada prédio tem uma planta que libera um cheiro diferente ou algum emissor de som (mensageiro do vento, ou caixa de som), para eles saberem em que lugar da ONG eles estão.

            Visitar esses lugares nos faz pensar muito na vida... Acho que me tornei e estou me tornando um ser humano melhor desde que comecei a viajar por esse país.

            Trabalhamos por três dias nessa ONG e no outro dia fomos trabalhar na Secretaria de Educação.

            Na SEDUC, tivemos uma assistência totalmente diferente da ONG, passamos a pegar ônibus pra ir e voltar do trabalho e trabalhamos numa salinha mais apertada e é onde estamos até hoje.

            Florianópolis é uma cidade bem menor do que o que eu imaginava, mas é linda, muito limpa e as pessoas são educadas e bonitas (no geral). Brasília é uma selva em vista daqui. Floripa é curioso: uma ilha com uma lagoa no meio. Pena que aqui ainda não parou de chover, com exceção da segunda-feira que fez um solzinho, mas não resolveu muito porque aqui não foi feriado. Praia mesmo só pra longe da água e debaixo de agasalho. Disseram que já era pra ter parado de chover e o sol ter aparecido.

            Outra curiosidade é que a cidade ainda não sofreu um processo de explosão demográfica, mas a população triplica em época de temporada.

            As construções daqui são mistas: desde casarões coloniais a prédios modernos, e a cidade não é setorizada.

            Durante esses dias conhecemos os três shoppings da cidade, ordenados do mais luxuoso pro mais pobre: Iguatemi, Beira Mar e Floripa Shopping. De todos, o que mais gostei e achei mais bonito foi o Beira-Mar. Mas lá no Floripa conheci uma loja que estava vendendo umas calças xadrez do jeito que eu queria: MAAAAAAAAAAAARA! Pena que tava CAAAAAAAAAAAAAARA, provei as duas que gostei e comprei só uma. Fiquei arrependido de ter levado só uma, e dias depois, na loja do Beira-Mar, comprei a outra. Fiquei feliz!

            Comprei os presentes que queria e fiquei mais feliz.

            Fui pra balada com meu amigo Christiano, num lounge/bar/boate chamado Hi-Fi, numa festa chamada Rock It! Foi muito bom, pois o lugar é bem democrático – recebe gente de todas as tribos: emos, punks, surfistas, roqueiros punks com roupas com arrebites e alfinetes, mc’s gays (nunca tinha visto um casal gay de mc’s), gays mauricinhos, emos gays (eu sei que é pleonasmo), gays gays, heteros, regueiros, bichos-grilo, meninas que gostam de meninos e meninas, mauricinhos, patricinhas, tatuados... aliás, todo mundo aqui tem uma tatuagem ou um alargador na orelha, ou uma prancha debaixo do braço...

            O que eu não achei saudável é a quantidade de pessoas que fumam a todo tempo por aqui. Será que é o frio?

            Enfim, a festa foi muito boa, tinha uma bandinha de rock (Forgotten Boys), depois voltou o som mecânico... Voltei pra casa (do Chris, que fica ao lado do Hi-Fi) por volta da 3h30min da manhã.

            Ontem (28/10) eu e a Dani fomos para o sul do estado, numa cidade chamada Imaruí, que fica nas margens da Lagoa Imaruí, vimos paisagens lindas. Realmente o litoral daqui é muito bonito mesmo. Vale a pena conferir as fotos, que desta vez vou colocar aqui no Multiply mesmo, pois tem mais recurso que o Orkut.

            O legal é que todos esses dias têm sido muito divertidos, além de produtivos, a equipe está bem entrosada e nos demos super bem. Todos os dias jogamos PERFIL 4, ganhei várias partidas... Heheheh! Agora sei que é legal carregar um brinquedinho nas viagens, principalmente se a previsão do tempo for chuva, chuva, chuva, chuva, chuva, chuva...

            Mas hoje (29/10) recebi uma noticia que me deixou muito triste e desanimado: minha amiguinha Rose Mary, que estava se convalescendo de uma cirurgia, teve uma recaída e não resistiu. Ela era meu apoio no trabalho, a pessoa que me ouvia nos meus devaneios pessoais, que me dava conselhos quando eu pedia e que me contava umas fofoquinhas básicas também. Sei que nosso ambiente vai ficar triste sem ela e com um pouco menos de sensibilidade natural das menininhas, já que ela era a mulherzinha da turma junto com a chefe. Com ela passei momentos muito agradáveis, e tive o apoio, o acolhimento e o respeito de que qualquer pessoa no mundo precisa. Vou ficar com saudade.

            A vida continua...

            Que venha o sol! Preciso curtir essa cidade linda...

FLORIPA, a Ilha da Magia!

 

Depois de dias de trabalho, resolvemos, junto com um amigo do Júlio, dar uma volta na cidade e comer uma seqüência de camarão. São vários pratos feitos com camarão que são tragos à mesa: o primeiro foi a casquinha de siri, depois o camarão empanado, depois mariscos no bafo, depois camarão no bafo, camarão ao alho e óleo, camarão ensopado, pirão de caldo de camarão, anchova grelhada, arroz, batata frita, outro peixe que não lembro qual, salada. Pedimos duas seqüências para cinco pessoas e não conseguimos comer tudo. Fiquei com medo de passar mal por causa dos mariscos (é meio nojento, pois eles ainda estavam na concha), mas depois fiquei sabendo que é só comer tomando uma caipirinha, que não tem problema. Ainda bem que tinha feito exatamente assim, e a caipirinha era grande pra dar conta do tanto que comi.

Na sexta-feira foi comemorado o dia do servidor publico aqui, mas fomos trabalhar na ACIC, a ONG dos cegos, e depois que terminamos por lá fomos conhecer a praia da Joaquina. Até onde eu sei, a Joaquina é o apelido do órgão sexual de uma menina que estava no ônibus. Ela contava em alto e bom som que tinha colocado um piercing na Joaquina dela. Não encontrei nenhum piercing na praia da Joaquina, só gente bonita mesmo, um vento frio, apesar do sol, e uns corajosos que estavam enfrentando o mar gelado e perigoso. Almoçamos por lá, ficamos um pedaço da tarde nessa praia, fizemos tatuagens de rena, fomos atingidos por cocô de passarinho, compramos camisetas e voltamos pra casa, pois as meninas da turma iriam embora no outro dia (sábado).

            Depois que as menininhas se foram e depois de acordar, fui dar uma volta no centro da cidade com o Júlio, e voltamos pra casa tarde e sem almoço. Ele não animou mais sair de novo, mas como eu tinha curiosidade de conhecer a Praia Mole e a Galheta (nudista) e o Sol estava a pino, apesar do vento gelado, eu fui sozinho. Realmente, apesar dos poucos que estavam por lá, deu pra notar que são duas praias bem alternativas. A Praia Mole é a da moda, aonde vai a galera bonita, jovem, os surfistas, lá tem um boteco GLS, um boteco natureba, uma galera meio bicho-grilo, tem um monumento aos surfistas bem na entrada da praia e um hotel num esquema “natureba sofisticado”. Mas é meio foda de entrar na água, pois o mar fica profundo muito próximo da areia. Não tem aquela parte do mar onde a água é rasa e a profundidade é constante. Pelo menos encontrei o cara que me fez a tatuagem e ele deu uma retocada nela, ficou MARA! Já a Praia da Galheta, onde se pratica nudismo, é bem isolada, o acesso é após umas pedras da Praia Mole, que não são tão difíceis de ultrapassar, mas como estava sozinho, não tive coragem de ir só, não por ter que ficar pelado, pois não é obrigatório, mas sim pelo medo de escorregar das pedras. Mas deu pra dar uma espiada e ver que a praia nudista estava vazia e os poucos que lá estavam não estavam nus. A verdade é que o lugar é tão bonito, e tão bem preservado que dá mesmo uma vontade indescritível de tirar a roupa e sentir a natureza. Só quem esteve ou estará nesse lugar e tiver a mesma sensação saberá como é. Se tiver oportunidade, antes de voltar a Brasília, eu vou lá pelo outro acesso que fica aqui na Barra da Lagoa, que é mais fácil de chegar.

            O legal das praias daqui, com exceção das que ficam no centro da cidade, é que elas não receberam urbanização: a infra-estrutura que possuem é muito pouca e, apesar disso, são limpas e a natureza ainda dita as regras.

            As pessoas aqui gostam de esportes, mas são movidas a Sol: é só ele dar as caras e surgem ciclistas, surfistas, iatistas, canoístas, corredores nas calçadas, e outros esportes que são feitos na água e no vento que não lembro o nome.

           

            Hoje a chuva deu as caras novamente, depois de dois dias de sol, e, pelo jeito, vamos ficar em casa embaixo das cobertas vendo a Fórmula 1. Resolvemos fazer o almoço por aqui mesmo e esperar o dia passar.

Aviso aos navegantes: Floripa é MARA!

 

O vôo foi tranqüilo. Chegamos ao aeroporto, comprei umas coisas de higiene de que precisada, fui ao banco e seguimos para a pousada.

Alugamos uma casa da Pousada Paulista (recomendo), na Barra da Lagoa, uma casinhola de dois quartos, sala, cozinha, banheiro, espaçosa e bem arejada. A desvantagem é que fica afastada do centro da cidade – a corrida de taxi custou quase 60 reais – e a vantagem é que ficou super barato (75 reais por pessoa, estamos em quatro, para ficarmos 15 dias).

            Ao chegar a casa (ainda sou concurseiro e tenho que usar a concordância correta, hahaha), deixamos as malas e fomos fazer um lanche aqui perto, numa lanchonete que vende sanduíches e afins. Pedi um de hambúrguer com cebola e achei muito caro, por ser um trailer de esquina. Quando sanduba veio, vi que ele era da largura de um prato, passei a achar o sanduíche barato e não comi tudo.

            Começamos, no outro dia, os trabalhos em uma ONG de apoio a pessoas com baixa visão ou com cegueira. Foi uma experiência pessoal muito interessante ao ver e presenciar como essas pessoas se viram. O lugar é muito bonito, ironicamente e positivamente, muito agradável aos olhos. Lá eles possuem regras de transito: sempre andar pela direita, são treinados para fazerem as coisas do dia-a-dia (lavar louça, acender o fogão, limpar casa, etc...), têm oficinas profissionalizantes: tapeçaria, artesanatos, têm alimentação gratuita, os que vêm de fora têm hospedagem baratíssima ou de graça, dependendo das condições financeiras. A estrutura da ONG é toda adaptada para cegos, pois foi pensada e idealizada por cegos: possui uma faixa preta com amarelo no chão para guiar aqueles que possuem baixa visão, cada prédio tem uma planta que libera um cheiro diferente ou algum emissor de som (mensageiro do vento, ou caixa de som), para eles saberem em que lugar da ONG eles estão.

            Visitar esses lugares nos faz pensar muito na vida... Acho que me tornei e estou me tornando um ser humano melhor desde que comecei a viajar por esse país.

            Trabalhamos por três dias nessa ONG e no outro dia fomos trabalhar na Secretaria de Educação.

            Na SEDUC, tivemos uma assistência totalmente diferente da ONG, passamos a pegar ônibus pra ir e voltar do trabalho e trabalhamos numa salinha mais apertada e é onde estamos até hoje.

            Florianópolis é uma cidade bem menor do que o que eu imaginava, mas é linda, muito limpa e as pessoas são educadas e bonitas (no geral). Brasília é uma selva em vista daqui. Floripa é curioso: uma ilha com uma lagoa no meio. Pena que aqui ainda não parou de chover, com exceção da segunda-feira que fez um solzinho, mas não resolveu muito porque aqui não foi feriado. Praia mesmo só pra longe da água e debaixo de agasalho. Disseram que já era pra ter parado de chover e o sol ter aparecido.

            Outra curiosidade é que a cidade ainda não sofreu um processo de explosão demográfica, mas a população triplica em época de temporada.

            As construções daqui são mistas: desde casarões coloniais a prédios modernos, e a cidade não é setorizada.

            Durante esses dias conhecemos os três shoppings da cidade, ordenados do mais luxuoso pro mais pobre: Iguatemi, Beira Mar e Floripa Shopping. De todos, o que mais gostei e achei mais bonito foi o Beira-Mar. Mas lá no Floripa conheci uma loja que estava vendendo umas calças xadrez do jeito que eu queria: MAAAAAAAAAAAARA! Pena que tava CAAAAAAAAAAAAAARA, provei as duas que gostei e comprei só uma. Fiquei arrependido de ter levado só uma, e dias depois, na loja do Beira-Mar, comprei a outra. Fiquei feliz!

            Comprei os presentes que queria e fiquei mais feliz.

            Fui pra balada com meu amigo Christiano, num lounge/bar/boate chamado Hi-Fi, numa festa chamada Rock It! Foi muito bom, pois o lugar é bem democrático – recebe gente de todas as tribos: emos, punks, surfistas, roqueiros punks com roupas com arrebites e alfinetes, mc’s gays (nunca tinha visto um casal gay de mc’s), gays mauricinhos, emos gays (eu sei que é pleonasmo), gays gays, heteros, regueiros, bichos-grilo, meninas que gostam de meninos e meninas, mauricinhos, patricinhas, tatuados... aliás, todo mundo aqui tem uma tatuagem ou um alargador na orelha, ou uma prancha debaixo do braço...

            O que eu não achei saudável é a quantidade de pessoas que fumam a todo tempo por aqui. Será que é o frio?

            Enfim, a festa foi muito boa, tinha uma bandinha de rock (Forgotten Boys), depois voltou o som mecânico... Voltei pra casa (do Chris, que fica ao lado do Hi-Fi) por volta da 3h30min da manhã.

            Ontem (28/10) eu e a Dani fomos para o sul do estado, numa cidade chamada Imaruí, que fica nas margens da Lagoa Imaruí, vimos paisagens lindas. Realmente o litoral daqui é muito bonito mesmo. Vale a pena conferir as fotos, que desta vez vou colocar aqui no Multiply mesmo, pois tem mais recurso que o Orkut.

            O legal é que todos esses dias têm sido muito divertidos, além de produtivos, a equipe está bem entrosada e nos demos super bem. Todos os dias jogamos PERFIL 4, ganhei várias partidas... Heheheh! Agora sei que é legal carregar um brinquedinho nas viagens, principalmente se a previsão do tempo for chuva, chuva, chuva, chuva, chuva, chuva...

            Mas hoje (29/10) recebi uma noticia que me deixou muito triste e desanimado: minha amiguinha Rose Mary, que estava se convalescendo de uma cirurgia, teve uma recaída e não resistiu. Ela era meu apoio no trabalho, a pessoa que me ouvia nos meus devaneios pessoais, que me dava conselhos quando eu pedia e que me contava umas fofoquinhas básicas também. Sei que nosso ambiente vai ficar triste sem ela e com um pouco menos de sensibilidade natural das menininhas, já que ela era a mulherzinha da turma junto com a chefe. Com ela passei momentos muito agradáveis, e tive o apoio, o acolhimento e o respeito de que qualquer pessoa no mundo precisa. Vou ficar com saudade.

            A vida continua...

            Que venha o sol! Preciso curtir essa cidade linda...