domingo, 22 de junho de 2008

Dia 22 - A festa de Triunfo

A festa estava fraca... Onde se viu uma festa junina sem comidas típicas como milho cozido, pamonha, maçã do amor, tapioca, quentão? Comi uma pizza horrível e tomei um chocolate quente e voltei pro hotel. A musica da festa estava até boazinha, mas o movimento estava fraco.

Hoje mesmo não fizemos muita coisa hoje. Andamos um pouco, tentamos ir num engenho de cachaça, mas a subida era muito íngreme e desistimos...

Fomos também visitar a cidade que vamos trabalhar (Santa Cruz da Baixa Verde), 10 minutos foi o suficiente e voltamos pra Triunfo.

Noves fora, o dia foi parado, terminei de assistir meu seriado favorito, chorei e fiquei morgando no muquinfo que estamos hospedados...

Dias 19, 20 e 21 – Tarrafas-CE e Triunfo-PE

Saímos de Juazeiro do Norte e partimos para Tarrafas. Dá uma distância entre 150 e 200km, destes, 32km são de estrada de terra. Gastamos quase 4 horas para chegar.

A região onde fica a cidade de Tarrafas é muito bonita, o terreno é acidentado, por isso a cidade é cheia de ruas íngremes, algumas delas com inclinação de mais de 45 graus. Ficamos numa espécie de pensionato: a pensão da Loura. É uma casa que lembra muito a da minha tia em Carolina, no Maranhão, que tem vários quartos que ela aluga para as pessoas dormirem. É bem precário o local, as condições de hospedagem são bem ruins. O banheiro era coletivo com chuveiro frio, a casa é aberta (sem forro), cheia de pernilongos e um galo que cantou a noite inteira que Deus deu... Pelo menos usei uma das mantas que adquiri em Juazeiro do Norte. Junto com a Loura mora o marido dela, o filho e a mãe dela, uma velhinha já bem lesada das idéias que entrou no quarto para conversar com a minha colega quando ela já estava indo para “alfa”.

Uma coisa engraçada é que na cidade todos se conhecem por apelidos, a Loura se chama Maria Socorro, a Prefeita Teca se chama Antônia, o Secretário de Educação Didi se chama Odair... Nada a ver.

O bom em Tarrafas foi almoçar um peixe muito gostoso (comi muito) nos dois dias que ficamos lá e o mel natural que conseguimos (2 litros cada um).

No outro dia (dia 20), depois de concluirmos os trabalhos, voltamos a Crato para pegarmos o ônibus para Serra Talhada - PE, pois não tem ônibus direto para Triunfo. Foram mais quase 4 horas de viagem e o pior: sendo torturado com “Garotas Safadas” e “Aviões do Forró”. Quase morri irritado com aquele cherengodengo e a cantora chorando e o cantor gritando “uuuuuuuuuuuuuuiii!!!”. É um tal de “chupa que é de uva”, “senta que é de menta” que ninguém merece tanta criatividade. Colocaram a porra do som tão alto que nem o fone de ouvido resolveu. Pelo menos me desintoxiquei no ônibus para Serra Talhada. O motorista do baú estava frenético, tomara que as pessoas tenham chegado vivas em Recife e não tenham ficado em nenhuma ultrapassagem de risco (numa delas pensei que eu fosse subir no telhado)... Desembarcamos em Serra Talhada e ficamos esperando a pessoa da Prefeitura de Santa Cruz da Baixa Verde que ia nos trazer para Triunfo, mas o FDP não apareceu e tivemos que pegar um táxi. As condições de hospedagem aqui em Triunfo também não são das melhores, a cidade é pólo turístico e está em festa. Mas é bem melhor que em Tarrafas. A cidade é serrana, também fica numa região muito bonita e faz muito frio (sim, faz muito frio). Nunca pensei que fosse sentir tanto frio em pleno sertão! Além disso, é cidade histórica e tem muitas coisas bacanas para ver: casarões, feirinhas, artesanato, comidinhas... Parece Pirenópolis. Tem um teleférico que leva da praça central da cidade até num hotel (SESC) que fica em cima da serra. Eu fui de teleférico... Dá um frio na barriga, mas a vista da cidade compensa. Comemos comidinha regional no almoço (eu comi frango com sarapatel e bolinho de carne com arroz branco e vermelho (é a espécie de arroz), feijão de corda com cuzcuz, mandioca cozida e alguma outra coisa que não me lembro. Estava até gostoso...

Outra coisa interessante, porém, para mim desagradável como deu pra perceber acima, aqui na região só toca esse forró que é uma mistura nojenta, grudenta, melequenta de kalipso, com axé, com suingueira, com pornografia, com tchan, fora as mil versões de musicas internacionais famosas como “Umbrella” da Rihana, que já é ruim no original, em versão forró prefiro nem comentar o que acho. Tem também versões de “I can’t live” (acho que é isso) da Mariah Carey que eles fizeram isso do refrão: “Paulinha, me diz o que que eu faço. Paulinha, eu quero o teu amor”. Aff! É a cultura local, pra não dizer pobre, diria pouco diversificada... Não posso fazer nada a não ser abstrair...

Agora estou preparando o espírito para ir para a festa junina e amanhã conto mais. Espero que o forró que vai tocar lá hoje seja aquele gostoso de triângulo, zabumba e acordeon.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A festa de SanJão

Ontem a noite fui para a festa de Junina da cidade, a JuáForro (que com sotaque é Festa de Sanjão). Não estava muito afim de ir na segunda-feira, mas ontem até que deu uma coragenzinha. Mas de qualquer maneira teria que ir, pois tinha feito um acordo com os colegas que iria à festa, e ainda, pra completar, o vendedor de calçados (não vi nenhum calçado... desconfiei logo) que fez amizade conosco no avião foi embora da cidade assim como o eter sublima no ar...

Mas foi bem legal a festa, acho muito bonito ver a competição de quadrilhas. Comer churrasco de cabrito foi muito bom também, só achei caro (15 reias uma porção do tamanho de um prato fundo). Tomei também a caipiroska mais estranha que já bebi: o cara espreme o limão e bate tudo no liquidificador com leite condensado. Tava boa, mas não é assim que eu gosto. Encontramos também um cara que faz caricaturas, analfa de pai e beto de mãe, mas que desenha muito bem e cobra R$5,00 a caricatura. A minha não ficou muito parecida, mas ficou legal. Depois coloco no órkut.

A cidade é bem movimentada, principalmente no centro onde fica o comércio. As calçadas são cheias de gente e de bancas que as lojas colocam do lado de fora da loja e camelôs. Tem uma rádio que toca nesta parte da cidade o dia todo, as caixas de som ficam nos postes. Uma poluição sonora danada. Os motoristas não respeitam o trânsito nem os pedestres, tem muita moto também.

Hoje a noite a gente deve ir para a fest mais cedo. Esta festa ocorre todo ano e, neste ano, são 15 dias de festejo com bandas locais e bandas e cantores conhecidos nacionalmete. O melhor é que a entrada é 0800 mais uma apalpada do guarda, pena que não estarei aqui nos dias dos shows do Geraldo Azevedo e do Zé Ramalho.

Amanhã nos encaminharemos para Tarrafas. De lá mando notícias

terça-feira, 17 de junho de 2008

Juazeiro do Norte, Ceará

Bem, depois de um dia de trabalhos intensos, estou aqui para postar.

Saímos de Brasília no final da tarde de domingo, o avião fez uma escala em Recife e seguimos para Juazeiro do Norte. Vi o mar de longe, de cima. Ainda não tinha visto o mar assim do alto e é muito lindo! Ao chegar em Juazeiro do Norte ficamos sabendo que o Amado Batista estava no avião. Pena que não o vi pra dizer a ele parar de dizer que canta. Mas tudo bem.

O hotel em que fizemos a reserva era ruim demais, então resolvemos passar para o hotel ao lado, pois é mais bonitinho, limpinho, seguro e tem chuveiro elétrico (muito importante!). Ambos ficam em uma praça que é onde acontece muita coisa, onde fica as Americanas e a Otoch (que aqui se chama Esplanada, mas é a mesma empresa).

Juazeiro do Norte é uma cidade grande-média, tem até Americanas e Otoch. Tem outras lojas regionais grandes de departamentos e eletrodomésticos. Tem transporte púbico e o clima está agradável. Pena que as opções de restaurante são ruins, mas em compensação comemos uma pizza excelente numa lanchonete arrumadinha, a pizza era feita com carne seca e queijo regional. Valeu muito a pena. Outra coisa ruim é que tem um mau cheiro horrível no hotel a noite (péssimo).

Hoje, durante a visita às escolas fomos ver a estátua do "Padim Pade Ciço". Ele fica num morro, de onde dá pra ver a cidade do alto e dá pra ver também "o" Crato. Lá tem um museu onde ficam guardadas parte das coisas que eram dele e as fotos e partes do corpo (feitas em madeira ou gesso) de pessoas que conseguiram graças rezando pro Padim.

Por hoje é só, estou bem e vivo!

Juazeiro do Norte, Ceará.

Bem, depois de um dia de trabalhos intensos, estou aqui para postar.

Saímos de Brasília no final da tarde de domingo, o avião fez uma escala em Recife e seguimos para Juazeiro do Norte. Vi o mar de longe, de cima. Ainda não tinha visto o mar assim do alto e é muito lindo! Ao chegar em Juazeiro do Norte ficamos sabendo que o Amado Batista estava no avião. Pena que não o vi pra dizer a ele parar de dizer que canta. Mas tudo bem.

O hotel em que fizemos a reserva era ruim demais, então resolvemos passar para o hotel ao lado, pois é mais bonitinho, limpinho, seguro e tem chuveiro elétrico (muito importante!). Ambos ficam em uma praça que é onde acontece muita coisa, onde fica as Americanas e a Otoch (que aqui se chama Esplanada, mas é a mesma empresa).

Juazeiro do Norte é uma cidade grande-média, tem até Americanas e Otoch. Tem outras lojas regionais grandes de departamentos e eletrodomésticos. Tem transporte púbico e o clima está agradável. Pena que as opções de restaurante são ruins, mas em compensação comemos uma pizza excelente numa lanchonete arrumadinha, a pizza era feita com carne seca e queijo regional. Valeu muito a pena. Outra coisa ruim é que tem um mau cheiro horrível no hotel a noite (péssimo).

Hoje, durante a visita às escolas fomos ver a estátua do "Padim Pade Ciço". Ele fica num morro, de onde dá pra ver a cidade do alto e dá pra ver também "o" Crato. Lá tem um museu onde ficam guardadas parte das coisas que eram dele e as fotos e partes do corpo (feitas em madeira ou gesso) de pessoas que conseguiram graças rezando pro Padim.

Por hoje é só, estou bem e vivo!

sábado, 14 de junho de 2008

Relacionamento e concurso público: tem diferença?

Muitas pessoas dizem que relacionamento é igual à fila: é feito o cadastro, distribuídas as senhas, entre elas as preferenciais, e ocupa-se a vaga.

Outras dizem que é preciso encontrar a pessoa certa no momento certo. Mas acho que muitas vezes se encontra ou se perde a pessoa certa no momento errado ou se perde ou se encontra a pessoa errada no momento certo. Aí começa a confusão porque acredita-se estar no momento certo, mas a pessoa é errada ou a pessoa é certa e o momento é errado. E sempre se acredita que um dos dois é errado e vive todo o relacionamento achando que no momento certo vem sempre a pessoa errada ou que a pessoa certa vem sempre no momento errado. E a certeza nunca aparece.

Mas acho que consegui um parâmetro melhor para comparar: o Concurso Público.

Tudo começa na vacância do cargo efetivo. Lança-se o edital do concurso para a vaga de cargo efetivo e o cadastro de reserva.

Entre as inscrições e a efetivação do concorrente mais bem colocado, pode-se fazer um contrato temporário, terceirizar o serviço em caráter emergencial ou até mesmo usar um cargo em comissão de livre nomeação e exoneração.

A terceirização é uma praticidade só: paga-se caro, mas tem um melhor serviço. Além dos “brindes” que se pode ganhar por fora do contrato. E a rotatividade é grande, podem-se ter os serviços prestados por várias pessoas ao mesmo tempo ou uma de cada vez ou virtualmente... Ou seja, é possível a utilização de muitos recursos (em conjunto ou em separado) para solucionar aquele problema específico que, apesar de ser a sua finalidade, não é possível ainda obtê-lo de forma mais duradoura, o que não significa que seja ruim.

O cargo em comissão, geralmente vem acompanhado de algum favor que se paga a um parente ou amigo, que antigamente, nos casamentos arranjados era conhecido como dote. Sabe aquele primo distante, ou aquela sobrinha da esposa do tio da cunhada que você faz uns agrados de vez em quando?

Após a efetivação do cargo pelo candidato mais bem colocado começa o estágio probatório, que é a fase que o recém efetivado faz de tudo para mostrar a competência e não cometer nenhuma ilicitude ou ato de improbidade.

Se reprovado estágio probatório, é exonerado e começa a chamar o próximo no cadastro de reserva. Claro que o cadastro de reserva tem um limite, pois só aqueles que conseguiram a pontuação mínima no certame foram classificados. Claro, também que o concurso tem uma validade, senão estaríamos vinculados ao cadastro de reserva eternamente. O recém empossado passa também pelo estágio probatório e pode vir, eventualmente, adquirir a estabilidade. Será?

E se o concurso for CLT (Come e Liquida Todos)? Aí, meu caro, apesar do salário melhor, e das promoções, pode-se perder o cargo a qualquer momento, ou nem passar do período de experiência. Deixe os cargos desse regime para aquele que vai oferecer a maior propina, já que nesse regime sempre tem grandes acordos!

Voltando ao RJU (Regime de Jesus na União) das relações amorosas, após a efetivação e aprovação no estágio probatório, vive-se um período bem longo de estabilidade, mas problemas acontecem e pode ser necessário colocar o servidor em disponibilidade, ou afastá-lo do cargo por motivo de processo administrativo ou até mesmo alguma irregularidade no exercício do cargo pode motivar uma exoneração. Pode também ocorrer a vacância do cargo por morte, aí já pode pular para o último parágrafo do texto, desde que o culpado pela morte não seja a Administração.

O fato é que, sempre que ocorre um afastamento, mesmo que temporário, por causa das tentações da terceirização de serviços ou da criação de um cargo de livre nomeação ou exoneração para compensar a falta de eficiência do efetivo.

Aí que surgem os problemas: o efetivo pode usar de seu amplo direito de defesa para reaver o livre e exclusivo exercício de seu cargo efetivo, fazendo um PAD (Pai, Agora Danei-me!) para que seja verificado se houve lesão ao interesse do relacionamento ou algum ato de improbidade administrativa relacionado à terceirização ou ao cargo em comissão.

Mas o mais difícil mesmo é quando a exoneração é feita por imposição da Administração já que a estabilidade não é absoluta, afinal a vitaliciedade é só para magistrados (sogras) e esse regime não costuma ser legal, mas acaba influenciando na problemática.

Muitas vezes não é possível exonerar, mas pode fazer a destituição da função. O problema é que nem sempre o servidor acredita que foi destituído e continua acreditando que aquela função lhe pertence e faz de tudo para continuar a exercer as atividades especificas da referida função, e quando o magistrado entra em ação aí que o processo se complica mesmo.

Difícil também é lidar com aquele que se aposenta no cargo, mas não o desocupa: vira amigo da administração. E se o desocupa, causa ônus à administração até a sua morte.

Até que se consegue declarar a vacância do cargo, ou a extinção dele (que creio ser a melhor opção), passa-se por um verdadeiro calvário. E aqueles que querem passar por isso de novo, lançam um novo edital... Terceirização emergencial... Cargos em comissão (não necessariamente nessa mesma ordem)... Efetivação... E o ciclo recomeça. São poucos os que conseguem ocupar o cargo com eficiência, efetividade e eficácia (os 3 “E”) até que a morte seja a causa da vacância.

(By Adson)

Rumo à Caatinga

Do tropical úmido ao semi-árido... Rumo ao sertão nordestino. Daqui a 15 dias volto a Brasília. Enquanto isso, acompanhem o blog!

Roteiro:


Depois desta viagem terei rodado isto:

Hasta la vista!

Rumo à Caatinga

Do tropical úmido ao semi-árido... Rumo ao sertão nordestino. Daqui a 15 dias volto a Brasília. Enquanto isso, acompanhem o blog!

Roteiro:


Depois desta viagem terei rodado isto:

Hasta la vista!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Caso dos sargentos gays: hipocrisia coloca Exército sob holofotes

No Brasil, os tempos parecem ter mudado. Mas na prática, só parecem mesmo. Homossexuais existem desde que o mundo é mundo, em qualquer tipo de atividade. Seria ingênuo aos generais brasileiros acreditar que no Exército brasileiro só tem machos.

O que surpreende neste caso não é o fato de o Exército cobrar de um militar presença no trabalho. O que chama a atenção é o circo armado em torno do caso e que o próprio Exército se incluiu  ao ter cercado uma emissora de tevê para prender um único homem. Um único homem cujo problema, oficialmente, é o da deserção.

Nesta quarta, por exemplo, o Exército informou ao Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) ter autorizado o companheiro do sargento Laci Araújo a ficar com ele à noite no Hospital do Exército no Cambuci, em São Paulo, já que o militar se mostrava alterado e com problemas de saúde.

Nesta quinta, uma nota informa que também o sargento Figueiredo responderá a processo administrativo por ter se ausentado do trabalho.

Numa relação de trabalho comum, se um familiar está doente o companheiro, marido, pai, mãe não será punido por ter faltado ao serviço para acompanhá-lo no hospital. É algo aceito e compreensível. Não é preciso estar na lei ou em regimento para que a ausência do trabalho não seja punida.

No mesmo decreto lei que o Exército usa para punir a deserção, ocorrida sempre que o militar faltar ao serviço por 8 dias consecutivos, sem justificativa, está escrito que se um militar comete um crime embriagado ele é inimputável. (veja íntegra)

"Embriaguez

Art. 49. Não é igualmente imputável o agente que, por embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou fôrça maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acôrdo com êsse entendimento.

Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente por embriaguez proveniente de caso fortuito ou fôrça maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acôrdo com êsse entendimento. "

Em tempo, no dicionário Houaiss, fortuito é "por acaso, eventual".

E mais:

Exclusão de crime

Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato:

I - em estado de necessidade;

Não seria o caso do sargento Figueiredo de necessidade de acompanhar Araújo ao hospital?

Os dois sargentos vivem juntos há 10 anos. Foram à imprensa alardear isso. O erro talvez tenha sido o "exagero" de expôr o Exército à realidade.

Na sociedade brasileira, são premiados os "enrustidos" sob suas fardas, que não devem ser nem um nem dois, mas muitos.

É algo como a hipocrisia da Igreja Católica, que proíbe seus padres de casar e, ao mesmo tempo, levas  são homossexuais que se escondem sob batina.


FONTE:
http://oglobo.globo.com/blogs/paulistana/post.asp?t=caso_dos_sargentos_gays_hipocrisia_coloca_exercito_sob_holofotes&cod_Post=106631&a=55