terça-feira, 1 de novembro de 2005

The time is over...


Engraçado como as pessoas não respeitam os sentimentos dos outros mesmo...
Impressionante como estou aprendendo a deixar de ser idiota...
Estou aprendendo a ser cada vez mais cético, descompromissado, irresponsável, estúpido, descrente, inimigo, solitário, insensível, infeliz... Cansei de cultivar os antônimos dessas qualidades e não colher frutos... Agora não vou plantar mais... Serei terreno infértil, chão de brita, onde só há pedras, frias, duras, negras, foscas, uniformes. São todas iguais, serei apenas mais um.
Cada vez que me olho no espelho eu me vejo mais monolítico, mais preso dentro de uma redoma translucida que não foi criada por mim. Não consigo mais ver o mundo nas pessoas, não consigo mais  acreditar no que esta fora de mim. Não consigo mais contar o tempo dos outros, por passar muito devagar, enquanto que o meu tempo corre...
Acho que o mundo prefere as pessoas assim, cada vez mais parecidas com um bloco de pedra frio e estático, sem sentimentos e com medo de si mesmas.

Tenho que me acostumar com isso, meus livros e meus discos devem me entender. Pelo menos eles me deixam mais seguro, e me trazem certezas, mesmo que sejam mentiras.

The time is over, baby...

Sorry!

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